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Ginho voltou a jogar! |
Foi com um pavilhão vazio e mais voltado para outros eventos na cidade que o Óquei recebeu a Oliveirense naquele que foi o seu último jogo no campeonato nacional da temporada que agora terminou para os seniores.
Apesar do sétimo lugar, um lugar acima daquilo conseguido anteriormente, foi um ano em que se viveu demasiado aflito do que aquilo que se podia ter vivido, sobretudo na primeira volta, onde só após um empate caseiro com o Cambra que revoltou uma franja minoritária de adeptos, é que as coisas se compuseram. Na verdade, a revolta foi o mote para uma época melhor e para certos vícios acabarem no clube.
A Oliveirense marcou primeiro mas Zé Braga restabeleceu a igualdade, ele que já não marcava há algum tempo, mais concretamente desde a jornada vinte e quatro. Acabou por ser o melhor marcador da equipa, mas muito por culpa dos golos que já trazia de Tomar, pois a época em Barcelos acabou por passar despercebida, sobretudo na parte final da época. Além daquele ímpeto inicial, - muito característico deste jogador, que já havia feito isso na primeira passagem no OCB - pouco ou nada mais se viu deste jogador em Barcelos.
A Oliveirense voltou a adiantar-se mas Hugo Costa empatou novamente a partida pouco depois. Este jogador que fez uma segunda volta bem melhor do que a primeira e - coincidência ou não - a sua ascensão de performance, dá-se na mesma ocasião que a equipa começa a praticar um hóquei mais agradável.
João Candeias, em dia de aniversário, fez o 3-2 final, dando mais três pontos ao Barcelos. Este atleta que fez o sexto golo em cinco jogos, numa nova insistência de Paulo Freitas na utilização do jogador proveniente de Paço d'Arcos, depois de gorada a primeira tentativa no início de época. Agora, mais maduro, aprendendo certamente com os erros, mostrou que pode fazer dupla no ataque do Óquei com Hugo Costa. Resta-lhe ter mais humildade e mais maturidade, factores que foram determinantes na sua chegada a Barcelos para não ter tido o sucesso esperado. Deste atleta, espera-se muito para a próxima época, pelo que, estamos certos que possa dar muito ao clube, mas só com humildade e pensando mais no colectivo do que no individual, pois uma equipa são todos e não quatro ou cinco amigos mais chegados, missão que cabe a Paulo Freitas transmitir-lhe e fazer dele um jogador como os outros todos que compõem o plantel. Do lado dos adeptos estará certamente o apoio a este jogador, assim como a todos os outros.
Este poderá ter sido o último jogo de João Marques, um atleta que, tal como Pedro Mendes, veio de Valongo - clube que se sagrou campeão nacional... mas afinal nos próximos dez anos não era impossível ombrear com Porto e Benfica? - e que apesar de ser bastante utilizado pelo técnico do clube, acaba por sair de forma inesperada. Foi até ao jogo de Viana do Castelo utilizado de forma regular, acabando por perder essa regularidade desde esse jogo. É, em nosso entender, uma dispensa errada caso aconteça, pois estamos na presença de um jogador de qualidade, com experiência e que, num plantel tão jovem, poderá faltar na próxima época, a menos que, se concretizem as contratações faladas nos meandros da modalidade de Martin Payero e Tiago Resende mas, também é certo que como se comenta isso, também se consta que Tiago Resende terá rejeitado a proposta do Óquei de Barcelos por considerar baixos os valores que a SAD barcelenses lhe propusera.
Para terminar, de registar mais um vazio no topo sul do municipal, o tão aclamado Tribunal da Catedral e que tantas vitórias deu ao Barcelos no passado, facto que foi uma constante durante toda a época e que entristece aqueles que sentem o Óquei de Barcelos. Espera-se também que na próxima temporada isso mude, pois o Óquei de Barcelos precisa de adeptos e não dos convidados que vão fazer o frete à Catedral. O Óquei precisa é dos seus adeptos que estão agora de costas voltadas pelos diversos motivos. O Óquei precisa dos bravos, e precisa da Kaos. Faz falta ouvir o "Kaos instalado na cidade", "o maior de Portugal", o "temos-te no coração", os cânticos que estremecem os adversários e que toda a verdadeira massa adepta do clube conhece. Cabe à SAD trazê-los de volta, conquistá-los novamente. Implementar medidas que motivem as pessoas e, sobretudo ir ao terreno, porque num meio pequeno como Barcelos, todos sabem onde as pessoas andam e só depois pensar nos convidados para fazerem de figurantes e compor as bancadas do pavilhão.