quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dispensa dos argentinos - como tudo muda em apenas três dias!

Precisamente no dia em que o Sempre Barcelos publicou a saída dos argentinos Natalio Riveros e Pollo Ponce, o jornal semanal Barcelos Popular publicou na sua edição desta semana uma entrevista do treinador Paulo Freitas que, dados os moldes da situação se poderá considerar hilariante.

Para espanto de todos aqueles que tinham sido informados neste espaço - diga-se foi o único que o fez, ao contrário de outros blogues que se auto-intitulam da informação na hora, isenta e sem vassalagens - hoje, ao lerem o semanário Barcelos Popular depararam-se com um título a letras gordas "Não se passa nada com os argentinos", frase da autoria do treinador do OCB.

Grave, é o facto de, passados três dias destas declarações terem sido proferidas (remontam a sábado passado no final do jogo diante do CH Carvalhos) os jogadores terem recebido a notificação de que o autor da frase - assegurava que o facto deles não jogarem ser perfeitamente normal no que a uma fase de adaptação diz respeito - não contar mais com eles, pelo que estavam dispensados.

Lê-se ainda na referida notícia que, o facto destes não jogarem se tratava de uma questão de protecção aos jogadores, essa protecção ia acabar com a dispensa deles e que, ainda não havia confiança suficiente. Mera falta de profissionalismo, pois não foram dadas as devidas oportunidades para que os jovens argentinos pudessem ganhar confiança dentro de ringue e, se como o Sempre Barcelos questionou na notícia relativa ao jogo entre o Óquei e os Carvalhos, Natalio e Pollo não jogaram contra o último classificado na nossa casa, quando é que eles iriam jogar? A resposta, essa foi dada pelo Mister do plantel sénior na terça-feira: nunca

Ainda ao que o Sempre Barcelos conseguiu apurar, a viagem de regresso destes dois atletas está agendada para o próximo fim-de-semana, altura em que o hóquei viaja até Turquel para defrontar a equipa local.

Resta mais uma vez lamentar todo este sucedido, pois se somos moralistas para criticar aqueles que aliciam os portugueses que vão para o estrangeiro trabalhar à procura de melhores condições de vida e encontram uma realidade diferente ou não se sentem compensados e devidamente bem tratados, temos agora que ser humanos seguindo daqui um pedido encarecido à SAD, para que os responsáveis do clube apurem responsabilidades sobre este triste acontecimento no nosso clube e, sem hesitar, que mostrem a porta de saída a quem errou desta forma, num facto que deixou sensibilizada e revoltada toda uma cidade e uma esfera de adeptos de um clube que tem uma grandeza e uma força nada à imagem de situações desta índole.