...é o saldo positivo ou negativo? Essa resposta só a iremos encontrar a partir vinte e seis de Outubro, aquando do início do campeonato nacional, pois só aí é que tudo será a contar, agora não passam de jogos a feijões, que não servem mais do que para que o treinador adapte a equipa àquilo que ele pretende e entende serem as potencialidades da mesma, contudo, na mente da maioria dos adeptos de clubes desportivos, sejam eles de que modalidade forem, são os jogos de pré-época que fazem desde logo um juízo superficial da performance da equipa, assim como de cada jogador.
Nesse sentido, de Ricardo Silva e João Candeias pouco ou nada se poderá dizer, pois o atleta oriundo do Paço d'Arcos realizou apenas alguns jogos na pré-temporada (quatro, diante de Liceo, Infante, Riba d'Ave e Sporting), fruto do seu estágio no Luso de preparação da selecção de sub-20 para o mundial da Colômbia. Nesses quatro jogos, João Candeias apontou um golo em cada um dos jogos que realizou e, marcou ainda no desempate por penaltys contra o Sporting, na partida de apuramento do terceiro classificado do Torneio de Valongo.
Se Candeias fez poucos jogos, já o guardião campeão da Europa pelo Benfica, ainda não fez sequer qualquer treino pelos novos campeões do Minho, pelo que apenas se sabe que foi pouco utilizado pelo seleccionador nacional Luís Sénica - talvez menos do que era expectável - na maior competição do mundo de selecções, que decorreu no último mês de Setembro em Angola, contudo, espera-se uma luta pela titularidade renhida; se Ginho tem provas dadas ao cabo de onze anos de OCB ao peito (entre algumas chamadas à selecção nacional e títulos nacionais conquistados em Barcelos), Ricardo Silva tem um historial de respeito e é uma figura incontornável do panorama do hóquei em patins nacional. O guardião que apareceu como sénior no Infante de Sagres, afirmou-se em Viana, onde levou os vianenses a um histórico segundo lugar, catapultando-o para a titularidade na baliza do Benfica, vencendo tudo aquilo que havia para vencer: campeonato nacional, taça e supertaça de Portugal, taça CERS, liga europeia, supertaça europeia, entre outros. Para suprir a ausência de Ricardo Silva, têm sido chamados por Paulo Freitas os três guarda-redes do plantel júnior: Miguel Lima, João e Diogo Martins.
A pré-época começou bem cedo - ao décimo dia - logo com um confronto diante do campeão espanhol em título, onde os jovens jogadores (a média de idades não chega a vinte e cinco anos) bateram-se bem, contudo, sem fôlego para o sprint final, onde permitiram a que, os também jovens jogadores espanhóis, levassem a melhor e, vencessem o primeiro jogo de pré-época do OCB.
Logo de seguida, mais dois confrontos e, se na deslocação ao Porto para defrontar o Infante não houve surpresa, já no dia seguinte o empate em Riba d'Ave chocou os mais sensíveis, porém as vitórias na Taça Jorge Coutinho fizeram esquecer esse deslize, até ao dia em que naquela que se esperava ser uma batalha fácil diante de uma Juventude de Viana que estava bastante desfalcada no torneio de Valongo, o Óquei falhou a passagem à final e deitou por terra um importante teste frente aos anfitriões do torneio, tendo no dia seguinte conseguido um empate a quatro bolas com o Sporting, desfeito apenas nas grandes penalidades, onde a sorte das mesmas sorriu ao Barcelos.
Seguiu-se de novo o troféu minhoto e, o adversário era mais uma vez a equipa vianense. Mais desfalcada ainda - além de Centeno, João Pinto e Viana, Joel Coelho e Nuno Félix também não deram o seu contributo à equipa - o Barcelos não deu desta feita qualquer tipo de chances aos laranjas, num pavilhão de Fão onde as bancadas tiveram apenas uma cor, o azul.
Estava desta forma conseguido o primeiro lugar e o respectivo acesso à final da prova todavia, pelo meio havia um jogo para cumprir calendário, mas que se esperava que fosse terminar em vitória. Enganaram-se aqueles que tinham essa convicção pois o OCB não conseguiu vencer a equipa do Póvoa, mas conseguiu vencer o jogo que mais interessava e que, fazia passar daquele típico conceito de pré-época do clássico jogo a feijões: o Óquei bateu categoricamente o HC Braga e, sagrou-se pela terceira vez no seu historial, campeão do Minho!
Na componente individual, Zé Pedro tem sido dos atletas que mais se tem destacado, exemplo disso foi a excelente exibição no jogo do passado Sábado na final do troféu Jorge Coutinho, culminada com um bonito golo que deu o triunfo ao Barcelos, contudo, jogadores mais apagados na pré-época poderão aparecer no campeonato nacional e restantes provas oficiais, onde a realidade é completamente diferente e, onde ao exemplo de anos anteriores, em que atletatas menos expressivos nas pré-temporadas, têm vindo depois a revelarem-se fundamentais para o bom funcionamento operacional do Óquei. Assim esperamos que volte a ser em 2013/2014.
Até ao arranque do nacional, estão agendados mais quatro jogos treino, sendo o primeiro já no próximo sábado com a visita do Barcelos ao recém-promovido à primeira divisão, CH Carvalhos.
Depois disso, a onze e doze de Outubro estão em agenda duas partidas com adversários ainda por revelar, estando previsto o término da pré-época a dezanove de Outubro - uma semana antes do embate contra o Benfica a contar para a primeira jornada do campeonato - contra a equipa júnior do nosso clube.
Foto 1 & 3: Toni Rosas - Barcelos Popular.
Foto 2: Catarina Maia - HoqueiPatins.com.