Depois de, na passada quarta-feira em Oliveira de Azeméis, o Barcelos ter saído goleado por esclarecedores 8-3, hoje foi a vez do Benfica esmagar a equipa de Paulo Freitas.
Ao contrário do jogo anterior, o resultado ao intervalo não espelhava que tudo estava perdido, mas já andava lá perto. O Óquei não havia feito praticamente nenhuma jogada de perigo, e o placard assinalava 3-1, a favor do clube da casa. Do lado do OCB, apenas um golo de belo efeito, por intermédio de Hugo Costa, destoou da mediocridade com que o Barcelos se apresentava em ringue.
O segundo tempo, acabou por trazer mais do mesmo ao que, infelizmente os adeptos do clube se têm vindo a habituar. Longe vão os tempos em que o Óquei fazia séries de bons resultados em pavilhões complicados, como por exemplo o do Benfica mas, como diria um dirigente barcelense, esses tempos do chão que dava uvas, não se irão repetir certamente, pelo menos nos próximos dez anos.
Nunca deixaram de dignificar a camisola, lê-se no facebook oficial do Óquei de Barcelos. Esta exibição não foi nada digna, ouvia-se nos microfones da Rádio Cávado, na pessoa de Martins Arezes. Este comportamento é vergonhoso, sentimos nós, Sempre Barcelos.
Já que que se fala na comunicação social, este histórico adepto e também jornalista, - ora aí está mais uma figura do tempo em que o chão dava uvas - tocou aliás, na ferida por diversas vezes ao longo do seu relato, juntando-se também ele à equipa do Sempre Barcelos no que à contestação a este sistema técnico-táctico diz respeito e que, tem vindo a pouco e pouco afundando o OCB desportivamente no lodo.
Deixando agora esta animosidade que enerva o treinador barcelense de lado e, regressando ao jogo, no que concerne à segunda metade do jogo, como já referido, ela trouxe mais do mesmo.
Tal como mencionado pelo já referido relatador e no qual esta equipa não altera nem uma vírgula, hoje, a equipa orientada por Paulo Freitas, voltou a apresentar-se com sucessivas perdas de bola, fruto de um individualismo exacerbado, aliado a um descontrolo emocional que tem vindo a prejudicar o colectivo. Prova disso, são os quatro cartões azuis que jogadores do OCB viram na partida a contrastar com nenhum admoestado à equipa do Benfica. Um factor que deve - ou pelo menos devia - ser alvo de análise por parte dos responsáveis do clube, pois tudo isto aqui mencionado e que é notório em cada jogo do clube, é fruto de falta de liderança, onde o show off jornalístico a nível nacional, é pelos vistos mais importante e prioritário do que, estudar uma forma de dar a volta ao(s) problema(s). Assim, podem continuar a achar que se tratam de mentalidades agarradas ao passado dos jogadores de milhares de euros, que são pessoas que têm como função destabilizar o trabalho do clube que apoiam há largos anos, ignorá-los, desprezá-los, até controlar os seus movimentos e desabafos em pleno jogo mas, a prova está na cara do acontecimento e só não vê quem não quer e, é preciso ter coragem para resolver o problema, porque nunca é tarde para mudar, a menos que, não seja dramático uma descida à segunda divisão nacional, na óptica de quem está responsável pela gestão máxima do plantel e, essencialmente do Óquei.
Contas feitas ao cabo de dezasseis jogos, o Barcelos continua a ocupar a nona posição do nacional da primeira divisão, continua a somar vinte pontos na prova, todavia, agora com uma margem mais reduzida para os lugares de perigo: quatro pontos de avanço para o décimo (Física de Torres), seis para o Paço d'Arcos, assim como para os Carvalhos, que hoje empataram em Oliveira de Azeméis (!).
Na próxima jornada, o Óquei recebe o FC Porto, actual segundo classificado do campeonato, na Catedral da modalidade. O jogo realiza-se apenas no dia vinte e seis de Fevereiro, fruto dos compromissos europeus dos actuais campeões nacionais em título, que defrontam o Barcelona, quatro dias antes.
Foto: Barcelos Popular.