terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva a 2013

Agora que o ano de 2013 está no seu final, a equipa do Sempre Barcelos, lança aqui um apanhado daquilo que foi este ano, com os momentos positivos, assim como os negativos, sendo que enquanto adeptos deste clube, é de lamentar que sejam mais os momentos negros do que os coloridos.

Janeiro
O ano começou com o OCB em nono lugar, vindo de uma derrota em Valongo por 4-2. Em Janeiro foram também notícia as classificações no ranking mundial, onde o Barcelos ocupava a vigésima terceira posição, à frente do Hóquei de Braga, mas atrás de equipas como Valongo, Paço d'Arcos ou os quatro clubes que, nos últimos anos dominaram os lugares cimeiros: Candelária, Oliveirense, Benfica e Porto.

Desportivamente, o Óquei averbou três derrotas e duas vitórias em cinco jogos realizados neste mês. Uma destas derrotas ditou o afastamento da Taça CERS (7-2 no terreno do Forte dei Marmi, depois de levar para Itália uma vantagem de 5-3, conquistada em Barcelos). Neste mês o OCB aplicou a maior goleada do campeonato; 18-0 à frágil formação do Gulpilhares.

Este mês marcou ainda a primeira convocatória da AP Minho no ano, em que nenhum jogador do OCB fora convocado.

Fevereiro
Se o mês de Janeiro havia sido negro no plano desportivo, o que dizer de Fevereiro? Em quatro partidas realizadas, o OCB não conseguiu vencer qualquer uma e, uma delas foi inclusivamente incómoda para aqueles que foram à Catedral: no primeiro jogo deste mês, o Tigres veio a Barcelos numa posição aflita para os homens de Almeirim - acabaram por descer à segunda divisão - e, venceram por 4-3, isto depois do Óquei ter estado a ganhar por 2-0. Em Fevereiro, o OCB marcou apenas seis golos, só um fora de portas, em Turquel, na derrota por 5-1.

Um dos momentos positivos do ano, aconteceu na recepção ao Benfica, não pelo resultado, porque esse foi de 6-2 a favor dos então campeões em título mas porque, ao intervalo, a formação que vencera o campeonato nacional de iniciados nas Caldas da Rainha em 2012, recebeu as faixas referentes a esse título.

Em Fevereiro, todas as camadas jovens (o OCB não teve iniciados até bem perto do final da época) garantiram o apuramento para a primeira fase do nacional, contudo no que às camadas jovens diz respeito, há ainda a lamentar a ausência de qualquer título regional, quando outrora o Óquei dominava em todos os escalões.

Em Fevereiro, André Centeno foi convocado para representar a selecção de Angola para um torneio a realizar na Argentina. Esta foi uma das muitas saídas deste atleta que nunca esteve com a cabeça a 100% em Barcelos, como já referira José Fernandes na época anterior. A instabilidade do atleta veio a confirmar-se no final da época, quando este acabou por abandonar o clube.

Este mês marcou também a entrada em cena do OCB na Taça de Portugal, com o sorteio a ditar um jogo em Março, em Torres Vedras diante da Física.

Março
Este mês começou bem, com uma vitória diante do Candelária, isto quando o OCB já não vencia deste a última jornada da primeira volta (Janeiro, em Torres Vedras diante da Física por 6-3).

Foi notícia em Março, a vitória do prémio de melhor jogador de hóquei em patins do troféu "O Minhoto" na sua XVI Edição, levando a melhor sobre Zé Pedro e ainda Gonçalo Alves da Oliveirense.

O OCB foi também eliminado da Taça de Portugal, após prolongamento. O jogo foi em Torres Vedras e, os da casa levaram a melhor, vencendo por 5-4.

Nas camadas jovens, mais motivos para não sorrir: selecções nacionais de sub-20 e sub-17 não tiveram qualquer jogador da formação barcelense.

Março marcou ainda a quezília que foi pública entre o treinador José Querido e o presidente Francisco Dias da Silva o que, segundo os responsáveis barcelenses, acabou por ser determinante na saída do técnico no final da temporada.

Apareceram neste mês finalmente os iniciados (campeões nacionais em título de então), dando também lugar a uma equipa B de infantis, ambas para competirem na taça do Minho.

Abril
Finalmente um mês sem derrotas! Todavia, o resultado em Vale de Cambra (empate a três bolas) não foi de todo um bom resultado.

Este mês ficou marcado pela presença de Luís Silva, conhecido no hóquei em patins como Ninja, a orientar os seniores do OCB, após José Querido ter tido baixa médica, após uma indisposição sentida no final do mês de Março.

Maio
Faltavam agora quatro jogos para o final do campeonato e o objectivo da manutenção estava praticamente assegurada.

O mês até começou mal, com a derrota caseira frente ao Valongo, mas o restante do mês foram apenas vitórias.

A manutenção estava agora garantida, ficando apenas a deslocação a Gulpilhares e a recepção à Física de Torres Vedras.

Em camadas jovens, o OCB venceu a taça do Minho em infantis e, liderados por Hugo Costa, derrotaram o Braga na final por 8-1. Estes jogadores, foram homenageados ao intervalo da partida dos seniores frente ao Paço d'Arcos.

Junho
Em Barcelos, não se conquistaram títulos para o Barcelos, mas a candidatura para a final-four da Taça de Portugal foi organizada pelo clube, com a presença de Valongo, Porto, Sanjoanense e Oliveirense, e realizou-se portanto no pavilhão municipal.

Desportivamente, o OCB venceu os dois jogos e terminou em oitavo lugar no campeonato nacional.

Começaram também as danças das transferências. João Candeias, Pedro Mendes, João Marques e Paulo Freitas foram anunciados reforços do OCB, para colmatar as dispensas de Rafa, Henrique Magalhães (ambos para Valongo), Xixa, Paulo Matos, José Querido e ainda o abandono de Fellini.

Julho
O mês começa com a contratação e respectiva dispensa de Filipe Miranda. O guaridão que havia sido contratado no início do mês, passados alguns dias foi convidado a ser emprestado. O Riba d'Ave foi o destino do guarda-redes formado em Barcelos.

Uma das transferências mais sonantes dos últimos anos foi confirmada pela SAD: um dos guardiões que defenderam Portugal no mundial de Angola, Ricardo Silva, foi contratado pelo OCB.

A SAD deu o aval à participação europeia do clube e, também neste mês João Candeias foi chamado para a convocatória da selecção sub-20 para o mundial da Colômbia, que Portugal ia vencer.

Agosto
Ao primeiro dia deste mês, a SAD voltou a surpreender: Natalio Riveros e Pollo Ponce, absolutamente desconhecidos no panorama português foram contratados e fechou-se desta forma o plantel. 

Ao último dia de Agosto, Nuno Pereira, conhecido na modalidade como Miccoli, decidiu que Valongo fosse o seu destino.

Setembro
Ao nono mês do ano o plantel 2013/2014 fez o seu primeiro treino. O Uri foi também conhecido como o primeiro clube a ser defrontado pelo OCB na Taça CERS. 

Nos primeiros jogos de pré-época, as coisas davam logo a entender que a época não seria fácil para o OCB: começou com uma derrota caseira diante do Liceo por 4-2, no dia seguinte venceu o Infante de Sagres por 9-1 mas, empatou em Riba d'Ave, para desilusão dos adeptos.

Este mês marcou a vitória no troféu Jorge Coutinho (em casa na final frente ao Braga por 3-2) e, também ditou um terceiro lugar no torneio de Valongo, com uma derrota por 7-5 frente à Juventude de Viana e um empate, resolvido a nosso favor nas grandes penalidades, diante do Sporting.

Outubro
Começou o campeonato e com ele as derrotas: Benfica em casa por 3-0.

Antes disso, o OCB perdeu na apresentação dos Carvalhos, ficou em último no Torneio Bracara Augusta, após derrotas com a Juventude de Viana e Cerceda (OKLiga).

Foi também notícia o facto de não haver apresentação, apesar do Liceo ter avisado com alguns dias de antecedência não ser possível comparecer em Barcelos. 

Em Outubro, João Candeias deu por terminada a sua aventura na selecção nacional de sub-20 com uma vitória no mundial da categoria.

Novembro
Além das duas vitórias contra o Uri da Suíça, que resultaram num total de 17-2 e a passagem aos oitavos-de-final da Taça CERS, o OCB não conseguiu um cenário de resultados muito favorável: em quatro jogos, venceu um (em Braga por 7-5), empatou em casa frente ao Candelária a duas bolas e saiu derrotado no Dragão por 6-4 (numa das melhores exibições da temporada até ao momento) e, foi barbaramente humilhado em casa frente ao Valongo, ao perder por 8-2, num jogo que marcou também o cartão  vermelho a Ricardo Silva.

Em Novembro, no habitual aniversário da claque Kaos Barcelense, as pessoas notaram um enorme vazio no topo sul do pavilhão, facto que se lamenta e que espelha o marasmo que o clube tem caído nos últimos tempos.

Dezembro
O mês começou bem... bem mal! Ao quinto dia, Pollo Ponce e Natalio Riveros foram dispensados pelo técnico que os havia contratado quatro meses antes. Se Paulo Freitas era já alvo de desconfiança enquanto técnico de qualidade, passou agora a ser ainda contestado pela ausência de um forte carácter humano. A cidade revoltou-se com o que fora feito aos dois jovens argentinos e, mais uma vez o clube - que nada disse sobre o assunto, pactuando com esta estupidez do técnico - saiu com uma má imagem.

No último mês do ano, o OCB não conseguiu qualquer vitória, o que espelha bem no fracasso deste projecto desportivo. Começou o mês a perder em Turquel por 2-1, continuou a senda derrotas ao perder por 5-3 com o Breganze na sua própria casa, comprometendo em larga escala a passagem à próxima fase das competições europeias em que está inserido e, no que diz respeito ao plano nacional, averbou ainda mais duas derrotas: em casa frente ao rival de Viana e, no último jogo do campeonato, frente ao lanterna vermelha, perdeu por 3-1, fechando o ano em décimo segundo lugar, uma posição acima da linha de água mas, numa zona de play-out, que poderá dar direito a descida de divisão.

Paulo Freitas disse que era necessário reforçar o plantel e fê-lo: contratou Zé Braga ao Tomar, jogador que já esteve no OCB de 2007 a 2009. E, para o plantel júnior - ou sénior, quem sabe - foi contratado Ziga, regressando também ele ao Óquei.

No que diz respeito às camadas jovens, actualmente o OCB está dentro dos três primeiros lugares em apenas dois escalões: infantis e juniores, sendo que, neste último, os atletas de Bruno Gomes estão em primeiro lugar. 

Em suma, este foi um ano nada positivo para o OCB, onde é preciso mudar muita coisa. Para reflexão de adeptos e responsáveis, ficam estes dados, impossíveis de adjectivar:

  • 10 vitórias (das quais se somam duas frente ao Gulpilhares que jogou com juniores e outras duas contra o Uri, equipa igualada à realidade de uma equipa de segunda divisão nacional)
  • 3 empates
  • 16 derrotas